Cresci com a crença de colocar metas e seguir atrás delas até que acontecesse do jeito que imaginei, e isso é frustrante. Por mais que cheguemos onde pretendemos, há mudanças no percurso. Outra crença que tinha era que a felicidade se encontrava na meta, no alcançar, no conquistar, basicamente no ter. Felizmente a escola da vida ensina e cada dia é uma aula diferente, diante de acontecimentos felizes ou infelizes temos muito a aprender com ambos, retirar o melhor daquilo e praticar dia após dia esse aprendizado. A vida se torna mais leve quando percebemos que a felicidade não foi ontem, nem será amanhã, mas sim agora. Desfrute do processo e esteja adepto as mudanças no caminho, procure a felicidade no seu interior e valorize cada detalhe e pessoa da sua história.
A verdade é que nunca fui uma pessoa muito ambiciosa ou muito planejada. Pra mim sempre fez bastante sentido aproveitar as oportunidades e descobertas ao longo dos processos, mesmo que por algumas vezes eu me esqueça disso ou me veja consumida pela correria ou pelas responsabilidades e metas do dia a dia. Quem me conhece de verdade, não somente como artista, sabe o quanto sou apaixonada pela vida, pelos encontros e desfrute de boas companhias; ou ainda por tantas outras coisas simples como dançar, ouvir música ou apreciar uma paisagem. Quando recebi o convite, a identificação com a proposta foi imediata. “Let the good times roll” diz muito sobre como levo a vida e inevitavelmente minha carreira. Não foi organização e estruturação que me fizeram chegar onde estou. Foi o amor por praticar a ourivesaria, o amor pelas trocas e pela aprendizagem. Com total liberdade de criação, o escapulário é um lembrete, de que diante de quaisquer possíveis adversidades ou imperfeições de nossas práticas, há de se saber extrair as coisas boas e também as lições e de, sobretudo, desfrutar da caminhada e dos momentos, pois são eles que nos fortalecem e dão sentido a nossa existência.